Descrição/Resumo: Exame que mede a atividade da enzima fosfatase alcalina no sangue. A FA está presente em diversos tecidos – principalmente fígado (canalículos biliares) e ossos (osteoblastos), mas também intestino e placenta. Valores normais variam com idade (crianças e adolescentes têm FA mais alta devido ao crescimento ósseo). FA elevada pode indicar colestase hepática (obstrução biliar eleva a FA de origem hepática) ou aumento da formação óssea (por exemplo, em doenças ósseas como Paget ou osteomalácia). FA baixa não costuma ter grande significado clínico, exceto em raras condições (hipofosfatasia).
Preparação: Jejum de 4-6h é recomendado para evitar interferência de isoenzima intestinal pós-prandial. Evitar ingestão de alimentos muito gordurosos na véspera (pode interferir em caso de lipemia).
Tipo de material: Amostra de sangue (soro).
Indicações principais: Avaliação de doenças hepáticas e ósseas. Faz parte do perfil hepático – a FA é solicitada quando se suspeita de colestase (obstrução biliar), pois fica elevada em colestase intra ou extra-hepática (icterícia obstrutiva, colangite, cirrose biliar etc.). Nesses casos, geralmente eleva junto com GGT. Também é pedida em investigação de doenças ósseas: em Doença de Paget do osso a FA pode estar muito elevada (de origem óssea), bem como em osteomalácia, hiperparatireoidismo ou consolidação de fraturas. Em crianças/adolescentes, FA moderadamente alta pode ser normal (atividade osteoblástica do crescimento). Assim, o exame é indicado para diferenciar origem de elevação enzimática quando há elevação de FA: se GGT e outros hepáticos também altos, sugere fígado; se cálcio/fosfatase aumentados, sugere osso. Rotineiramente, a FA está nos check-ups como parte das enzimas, podendo detectar subclinicamente um distúrbio colestático ou ósseo.